sábado, 20 de abril de 2013

OLHE PARA ALÉM DESTA VIDA

         


"Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois revestido este meu corpo da minha pele e minha carne verei a Deus" (Jó 19.25,26)

Para muitos nós, o mais perto que gostaríamos de estar de Jó é fazer parte do seu círculo de amigos. Ficamos assombrados com uma pergunta simples e, ao mesmo tempo, familiar;  como este homem continuou seguindo em frente quando parecia não haver para isso?

Poucos de nós experimentam a abundância de Jó antes do teste de Satanás ou as suas enormes perdas. Precisamos basear nosso pensamento numa escala menor. Como suportamos as dificuldades do dia a dia? De que modo as tragédias que enfrentamos afetam a nossa confiança em Deus? Quando a vida fica difícil, o que fazemos? Felizmente, não precisamos ver as perdas tão de perto quanto Jó para aprendermos com ele uma lição sem preço. Quando tudo o que Jó possuía se perdeu, ele manteve sua esperança, pois ele não dependia de suas posses, de seus amigos ou de sua família. Ao invés disso ele confiava em Deus. Deus é o único lugar em que nossa fé pode descansar seguro.

Para Jó, a esperança não dependia de ter suas posses ou sua família de volta. Ele não barganha com Deus dizendo: "Vou confiar em ti se tu fizeres minha vida melhorar". A vida de Jó é uma clara ilustração da verdade que Paulo expressou: coisa alguma "poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.39). No meio das circunstâncias adversas, Jó exclama que ainda sabe duas coisas: "eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19.25) e "verei a Deus" (Jó 19.26).

Convencido de que Deus vive, Jó anseia vê-lo. As duas expressões de Jó 19.26, "revestido este meu corpo" e "em minha carne", se combinam para expressar a consciência de Jó de que as fundações da existência estão no Deus vivo. Apesar de vistas como que através de um denso nevoeiro, estas fundações dão sentido à trágica contradição da vida atual. Armados com este conhecimento, temos uma ideia da importância do ensino bíblico sobre a ressurreição, tanto a de Cristo como a nossa.

Por causa da gravidade do sofrimento de Jó, hesitamos em nos colocar em seu lugar. Mas na verdade já estamos lá do modo que mais importa. Fazemos parte desta vida física e temporária do mesmo modo que ele. Quer nos assemelhemos muito ou pouco com Jó precisamos do mesmo Redentor que ele conhecia. Quando conhecemos o Salvador nossa visão sobre a vida e morte muda. Nosso Redentor vive em nós agora. Embora não possamos ver muita coisa além da morte, sabemos que Jesus está lá. Seja como for, isso será suficiente.

Pr. Natalício Álvaro Batista

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